sábado, 9 de junho de 2007

Único Prognóstico Político: Escândalo!

Amigos, o nosso país talvez seja o único do mundo a apresentar um escândalo político por mês, às vezes até por semana. Quanta sujeira! Quando mal a gente começa a prestar atenção na chamada "Operação Navalha" da polícia federal, ao mesmo tempo temos que voltar os olhos para a CPI do "Apagão Aéreo", e nas últimas semanas o caso do presidente do Senado Renan Calheiros, e agora o irmão do Presidente Lula também metido em escândalos, corruptelas. Isto sem contarmos com o que ocorrera anos atrás, com destaque para casos "Sanguessugas", "Valdomiro Diniz", "Mensalão", "início da crise do setor aéreo nacional com o acidente da Gol e a greve dos controladores de vôo", e por ai vai (aposto que acabei por esquecer algum outro caso, pois o governo do lulismo é endêmico em escândalos).

Mas como o Presidente sai dessa assim, aparentemente ileso? Collor foi botado pra fora do Palácio do Planalto por muito menos, creio eu. Só o caso dos mensaleiros supera em milhões de reais qualquer "caso PC", e Marcos Valério, por onde andará o careca das malas? Livre, leve e solto, assim como José Dirceu, Genuíno, e outras figuras das mais não-republicanas da vida política brasileira.

Voltemos a Lula. Que força é essa que ainda o mantém no poder? Apoio das massas ou apoio do Congresso Nacional? Medo do vazio político que sua saída precoce significaria? O lulismo, como compreende o ex-cineasta Jabor, é um tipo de atitude política que a tudo compreende, numa espécie de coração de mãe político que tem lugar para tudo e para todos, sendo uma espécie de governo, ou desgoverno, do acordão, do banho-maria. Lula ainda é aquele que se autodefinia como "Lulinha paz-amor" das eleições de 2002, e é com essa postura que ele vem se segurando, por enquanto incólume, dentro desse mar de lama chamado Brasil.

Lula é fruto da geléia geral da vida política nacional das últimas décadas, evidente até em suas políticas sociais, que ele afirma ser uma realidade nova, que nada mais são do que uma extensão do que já vinha sendo realizado em 8 anos de governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), como o famoso "Bolsa Família" que fora criado com nome de Bolsa Escola pelo ex-ministro e senador Cristóvão Buarque (espécie rara da vida política brasileira).

Finalizando, nem a mãe Dinah, nem nenhum futurologista, pode dar um prognóstico seguro sobre a vida política brasileira e o governo Lula, pois ainda muitos escândalos aparecerão, muita lama vai passar pelos encanamentos de Brasília, e o que será de nós brasileiros quando o lulismo tornar-se insuficiente, mostrando-nos o caos em que realmente nos metemos? Será que Serra ou Aécio Neves conseguirão alterar este quadro?

Abraços liberais.


Indicação de leitura do Tiago: amigos, a partir de agora em todas as minhas postagens deixarei aqui uma indicação de leitura para vocês. Se seguirem as minhas indicações terão sempre uma boa leitura, rica em conteúdo, e se assim o for, boa leitura!

Hoje a indicação é filosófica!

Clássico da filosofia ocidental, pedra angular do pensamento racional e idealizador da Grécia antiga, leiam "A República" de Platão.

"A República" escrita por Platão consiste em mais um de seus brilhantes diálogos, onde a personagem principal é o mestre Sócrates que na sua peripatética (andando entre os discípulos e estimulando a dialética do pensamento) ensina-nos os ideais de justiça, bem, e claro, qual seria a República ideal, a cidade perfeita, que viveria em acordo com o mundo das Idéias, das coisas perfeitas, da razão. Neste diálogo podemos tomar contato com a sofocracia idealizada por Platão e outros filósofos antigos, ou seja, que a República ideal seria aquela governada por homens preparados filosoficamente/por sábios.

Destaque para o 7º diálogo, ou capítulo, onde Sócrates nos apresenta a famosa alegoria da caverna ou mito da caverna! Que não vou explicitar, para não estragar a vossa leitura.

Leitura clássica, e portanto obrigatória. Se não quiser gastar muito, afinal universitários e estudantes brasileiros tem pouca grana (eu sei bem o que é isso), vale a pena conferir o pocket book da Martin Claret que deve custar em torno de R$ 10,90. Boa leitura.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Resposta a um Ditador!


Amigos, já que nosso Presidente insiste em abaixar a cabeça para o "companheiro" Chávez, permitindo que o Ditador venezuelano comece a atirar pedras em nosso país, sinto-me, como brasileiro, e minimamente entendido em questões políticas, no direito de responder aqui neste blog ao ditador Hugo Chávez.

Aos que ainda não sabem, Chávez disse que era mais fácil o Brasil voltar a ser colônia portuguesa do que ele voltar atrás na questão com a empresa de tv recentemente fechada (no último domingo tivera seu sinal obstruído, com a não renovação da concessão de transmissão), e pior, afirmou que nosso Congresso Nacional (porque não o Presidente Lula) é uma espécie de "papagaio de pirata" do governo norte-americano de Bush Jr.

Inicialmente, caro sr. Chávez, não é necessário perguntarmos se vais voltar atrás na decisão arbitrária e anti-democrática sobre a não-concessão de sinal a rede de tv recém censurada, pois somos inteligentes o suficiente para sabermos de vossa vocação centralista, anti-democrática e anti-republicana, pois sois mais um daqueles tantos ditadores latino-americanos que vão e vem, nessa histórica sucessão de caudilhos, legitimados sobre a bandeira já rasgada do socialismo, e que em breve será substituído por algum outro da sua espécie.

Sobre nosso Congresso e nossos congressistas creio que eles são muito mais "papagaios de pirata" deste governo petista corrupto do que relacioná-lo ao governo de Bush Jr, que sempre se mostrou distanciado de seu quintal latino-americano. Chávez deve estar preocupado conosco, aliás porque nós brasileiros somos dos poucos países do mundo com alguma alternativa energética ao petróleo: o álcool (que tem data pra acabar, e que sempre foi a base da economia venezuelana, que ao mesmo tempo que maldiz o governo norte-americano permanece fornecendo-lhe petróleo, pois é a única riqueza encontrada neste país insignificante dentro do contexto pós-moderno e globalizado).

Enquanto a Venezuela é exemplo de caudilhismo, de golpismos, de monocultura petroleira, de autoritarismo e militarismos, nós brasileiros somos dos poucos países latino-americanos que consolidamos o nosso modelo democrático, possuímos uma infinidade de riquezas e potencialidades para nos tornarmos uma nação melhor, progressista (basta vontade política, leis adequadas, judiciário atuante e flexibilizado, e um pouco de justiça social) que caminhará sim a uma posição de liderança dentro desta nova realidade que caminha seguramente rumo a mundialização.

E por fim, faço um apelo aos Estado Unidos da América, e a boa política republicana do Tio Sam: "coloquem a Venezuela e a Bolívia no seu devido lugar".

Abraços liberais, e anti-chavistas!